segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

NOVO CAMINHO FORMATIVO DE CATEQUISTAS - ERENICE JESUS DE SOUZA

Material disponibilizado pela Palestrante Erenice Jesus de Souza do núcleo de Catequese da Paulinas, na Formação realizada para Catequistas da Iniciação à Vida Cristã, na Arquidiocese de Niterói.

Tema: Novo Caminho Formativo de Catequistas
Lema: "Encontramos o Senhor! Vem e vê! Jo 1,45.46.


Pessoa que ama viver e se sente realizada. Assume seu chamado com entusiasmo e como realização de sua vocação batismal. Compromete sua vida em benefício de mais vida para o seu próximo. “Ser catequista é assumir corajosamente o Batismo e vivenciá-lo na comunidade cristã. É mergulhar em Jesus e proclamar o reinado de Deus, convidando a uma pertença filial à Igreja. O processo formativo ajudará a amadurecer como pessoa, como cristão e cristã e como apóstolo e apóstola” (cf. DGC 238).

Pessoa de maturidade humana e de equilíbrio psicológico. “Com base numa inicial maturidade humana, o exercício da catequese, constantemente reconsiderado e avaliado, possibilita o crescimento do catequista no equilíbrio afetivo, no senso crítico, na unidade interior, na capacidade de relações e de diálogo, no espírito construtivo e no trabalho de grupo” (DGC 239).

Pessoa de espiritualidade, que quer crescer em santidade. O catequista coloca-se na escola do Mestre e faz com Ele uma experiência de vida e de fé. Alimenta-se das inspirações do Espírito Santo para transmitir a mensagem com coragem, entusiasmo e ardor. “Esta é a vida eterna: que conheçam a ti, o Deus único e verdadeiro, e a Jesus Cristo, aquele que enviaste” (Jo 17,3). Nutre-se da palavra, da vida de oração, da Eucaristia e da devoção mariana. falará mais pelo exemplo do que pelas palavras que profere (cf. CR 146). A verdadeira formação alimenta a espiritualidade do próprio catequista, de maneira que sua ação nasça do testemunho de sua própria vida.

Pessoa que sabe ler a presença de Deus nas atividades humanas. Descobre o rosto de Deus nas pessoas, nos pobres, na comunidade, no gesto de justiça e partilha e nas realidades do mundo. “A fé, no seu conjunto, deve enraizar-se na experiência humana, sem permanecer na pessoa como algo postiço ou isolado. O conhecimento da fé é significativo, ilumina a existência e dialoga com a cultura; na liturgia, a vida pessoal é uma oferta espiritual; a moral evangélica assume e eleva os valores humanos; a oração é aberta aos problemas pessoais e sociais” (DGC 87).

Pessoa integrada no seu tempo e identificada com sua gente. É aberta aos problemas reais e com sensibilidade cultural, social e política. Cada catequista assumirá melhor sua missão à medida que conhecer e for sensível à defesa da vida e às lutas do povo. “Olha o mundo com os mesmos olhos com que Jesus contemplava a sociedade de seu tempo” (DGC 16).

Pessoa que busca, constantemente, cultivar sua formação. Assumir a missão catequética é cuidar com esmero de sua autoformação. Somos pessoas em processo de crescimento e de aprendizado, desde a infância até a velhice. As ciências teológicas, humanas e pedagógicas estão sempre em evolução e progresso. Daí a necessidade de uma formação permanente, assumida com responsabilidade e com perseverança. A catequese, em qualquer ambiente, “precisa de pessoas que buscam preparação e estejam dispostas a aprender sempre mais, para dar um testemunho convincente de fé. Não basta boa vontade, é preciso uma atualização dinâmica [...]. requer, também, uma grande intimidade com a Palavra de Deus, com a doutrina e a reflexão da igreja [...]” (CMM 38f).

Pessoa de comunicação, capaz de construir comunhão. O catequista cultiva amizades, presta atenção nas pessoas, está atento a pequenos gestos que alimentam relacionamentos positivos. A delicadeza diária, simples, também é um anúncio do amor de Deus, através da consideração dos sentimentos das pessoas. “A comunicação autenticamente evangélica supõe uma experiência de vida na fé e de fé, capaz de chegar ao coração daquele a quem se catequiza” (CR 147).

Pessoa com suficiente conhecimento da Palavra de Deus: a Bíblia é fonte de catequese e, portanto, indispensável na formação. “A Sagrada Escritura deverá ser a alma da formação” (DGC 240). A própria Igreja coloca à disposição de seus fins documentos que ajudam a aprofundar essa reflexão.

Pessoa com conhecimento dos elementos básicos que formam o núcleo de nossa fé (cf. DGC 130).

Pessoa com familiaridade com as ciências humanas, sobretudo pedagógicas: o catequista adquire o conhecimento da pessoa humana e da realidade em que vive, através das ciências humanas que, nos nossos dias, alcançaram um grau extraordinário de desenvolvimento.

Pessoa com conhecimento das referências doutrinais e de orientação: Catecismo da Igreja Católica, documentos catequéticos, manuais... “Diante do legítimo direito de todo batizado de conhecer da igreja o que ela recebeu e aquilo em que ela crê, o Catecismo da Igreja Católica oferece uma resposta clara. É, por isso, um referencial para a catequese e para as demais formas do ministério da palavra” (DGC 121).

Pessoa com conhecimento suficiente da pluralidade cultural e religiosa, com capacidade para encontrar nela as sementes do Evangelho: “A catequese, ao mesmo tempo que deve evitar qualquer manipulação de uma cultura, também não pode limitar-se simplesmente à justaposição do Evangelho a esta, de maneira decorativa, mas sim deverá propô-lo de maneira vital, em profundidade e isso até as suas raízes, à cultura e às culturas do homem” (DGC 204; EN 20). Considerando a pluralidade religiosa fortemente presente em nossa sociedade e até nas próprias famílias de catequistas e catequizandos, é preciso educação para o diálogo, com conhecimento sério da própria identidade de fé e respeito pelo sentimento religioso dos outros.

Pessoa com conhecimento das mudanças que ocorrem na sociedade, inteirando-se sobre as descobertas recentes da ciência nos diversos campos: genética, tecnologia, informática... A inculturação da mensagem cristã nesses campos é cada vez mais desafiante. A voz do Espírito que Jesus, por parte do pai, enviou a seus discípulos ressoa, também, nos acontecimentos da história. por trás dos dados mutáveis da situação atual e nas motivações dos desafios que se apresentam à evangelização, é necessário descobrir os sinais da presença e dos desígnios de Deus.

Pessoa com conhecimento da realidade local, da história dos fatos, acontecimentos, festas da comunidade, como terreno para uma boa semeadura da mensagem: o discípulo de Jesus Cristo, de fato, participa das alegrias e das esperanças, das tristezas e das angústias dos homens de hoje (cf. GS 1, DGC 16).

Pessoa com conhecimento dos fundamentos teológicos pastorais, para ser a voz de uma Igreja com rosto misericordioso, profético, ministerial, comunitário, ecumênico, celebrativo e missionário.


DIMENSÕES QUE SUSTENTAM/FUNDAMENTAM O CAMINHO

Relacionamento: o catequista necessita cultivar a qualidade das relações, pois elas permitem maior interação entre as pessoas. Jesus criou espaços de relacionamento afetuoso, acolhedor, misericordioso, que permitiam às pessoas maior proximidade. O catequista é um mediador de inter-relações na dinâmica do reino. Um espaço privilegiado de relações humanas fraternas, de ajuda e de crescimento é o grupo de catequistas. As relações passam pela experiência do diálogo, do compartilhar, da amizade, da convivência dos grupos de trabalho, das festas.

Educação: o catequista, como o Mestre Jesus, será um educador com possibilidade de desenvolver potencialidades, qualidades e capacidades para maior maturidade humana e cristã. “A formação procurará fazer amadurecer no catequista a capacidade educativa, que implica: a faculdade de ter atenção com as pessoas, a habilidade de interpretar e responder à demanda educativa, a iniciativa para ativar processos de aprendizagem e a arte de conduzir um grupo humano para a maturidade. Como acontece em toda arte, o mais importante é que o catequista adquira seu próprio estilo de ministrar a catequese, adaptando à sua personalidade os princípios gerais da pedagogia catequética” (DGC 244).

Comunicação: o catequista necessita ser um promotor de comunicação da vida e da fé. “Ele desperta e provoca a palavra dos membros da comunidade” (CR 145). Além dos meios de comunicação da própria igreja, é importante utilizar material do mundo secular, veiculado através de TV, rádio, jornais, internet, fias de vídeos, CDs, DVDs...

Pedagogia: o catequista necessita conhecer e integrar elementos de pedagogia na sua prática, fundamentando-a na pedagogia divina, com ênfase na pedagogia da encarnação; nela se destacam: a) o diálogo de Salvação entre Deus e a pessoa, ressaltando a iniciativa divina, a motivação amorosa, a gratuidade, o respeito pela liberdade; b) uma revelação progressiva, adaptada às situações, pessoas e culturas; c) a valorização da experiência pessoal e comunitária da fé; d) o Evangelho proposto em relação com a vida; e) as relações interpessoais; f) o uso de sinais, onde se entrelaçam fatos e palavras, ensinamento e experiência; g) a pedagogia litúrgica; h) a mistagogia do processo catecumenal.

Metodologia: o catequista necessita de: a) um suficiente conhecimento dos interlocutores, para haver uma sintonia com as suas necessidades, sentimentos, situações, cultura, valorizando a experiência que cada pessoa traz. qualquer metodologia deve se inspirar no princípio da interação fé e vida (cf. CR 113-117); b) levar em conta as ações concretas na comunidade, a memorização, sobretudo das formulações de fé expressas na Bíblia, a criatividade dos catequizandos, a importância do grupo e a comunidade como lugar visível da fé e da vida.

Programação: aos responsáveis pela catequese compete conhecer e realizar um planejamento de forma conjunta com o pároco, pais, catequistas e catequizandos, fazendo uma interação com a programação própria da comunidade. Nessa programação incluem-se projetos de formação permanente. É preciso “saber programar a ação educativa, no grupo de catequistas, ponderando as circunstâncias, elaborando um plano realista e, após a sua realização, avaliá-lo criticamente” (DGC 245).

Fonte: Diretório Nacional de Catequese, 261-276.










































FORMAÇÃO DE CATEQUISTAS - VICARIATO RURAL - 25.02.2018

O Encontro Anual de Formação para Catequistas da Inciação à Vida Cristã na Arquidiocese de Niterói-RJ, aconteceu no Vicariato Lagos no dia 25.02.2018 de 14 às 18h, no Santuário de Porto das Caixas e contou com a presença do Padre Max, da Irmã Inês Coordenadora Arquidiocesana da Iniciação à Vida Cristã, da Coordenadora do Vicariato Rural Vânia e Equipe da Iniciação à Vida Cristã, dos Coordenadores e Catequistas Paroquiais dos segmentos do Batismo, Eucaristia e Crisma.

TEMA: NOVO CAMINHO FORMATIVO DE CATEQUISTAS
LEMA: "Encontramos o Senhor! Vem e vê!" Jo 1,45.46

Abordagens:
  • Catequese querigmática e mistagógica. 
  • Dimensões Bíblica, litúrgica e catequética do processo da Iniciação à Vida Cristã.
  • Uma educação para o viver cristão: símbolos e gestos litúrgicos.
  • Planejamento da ação catequética.







FORMAÇÃO DE CATEQUISTAS - VICARIATO LAGOS - 25.02.2018

O Encontro Anual de Formação para Catequistas da Inciação à Vida Cristã na Arquidiocese de Niterói-RJ, aconteceu no Vicariato Lagos no dia 25.02.2018 de 8:30 às 16h., na Paróquia Nossa Senhora Aparecida, Bananeiras - Araruama contou com a presença do Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Niterói, Dom Luiz Ricci, com o Padre Nelson, da Irmã Inês Coordenadora Arquidiocesana da Iniciação à vida cristã e a Coordenadora do Vicariato Lagos Dilcea junto com a Equipe da Iniciação à Vida Cristã, dos Coordenadores e Catequistas Paroquiais dos segmentos do Batismo, Eucaristia e Crisma do Vicariato Lagos.

TEMA: NOVO CAMINHO FORMATIVO DE CATEQUISTAS
LEMA: "Encontramos o Senhor! Vem e vê!" Jo 1,45.46

Assessoria: Erenice Jesus de Souza

Abordagens:
  • Catequese querigmática e mistagógica. 
  • Dimensões Bíblica, litúrgica e catequética do processo da Iniciação à Vida Cristã.
  • Uma educação para o viver cristão: símbolos e gestos litúrgicos.
  • Planejamento da ação catequética.